Minas Gerais

Itapecerica

Por Daniel Venâncio, História e Memória de Minas Gerais

No início do século passado, Itapecerica era uma próspera cidade do Oeste mineiro dedicada, sobremaneira, as atividades agrícolas e pastoris. No final da década de 1910, cerca de 72% dos seus 18.017 habitantes residiam nas povoações de Cafôfo, Capivara, Guarita, Lamounier, Partidário, Potreiro, Santo Antônio, Sucupira e Taquara, administrando, no conjunto de nucleações municipais, 584 estabelecimentos rurais e um rebanho de, aproximadamente, 104 mil cabeças de gado, porcos e aves. Em 1921, o município exportou, para centros nacionais e internacionais, quase 7 toneladas de gêneros agropecuários, especialmente arroz, café, milho, açúcar e rapadura. 

Na parte urbana, com 4.086 moradores e 645 construções, Itapecerica era constituída de 24 ruas,12 becos e 12 praças, sendo duas com jardim público. Nessa mesma época a cidade já podia contar com água encanada, energia elétrica, estação ferroviária, agência dos correios, Santa Casa de Misericórdia e duas das maiores casas de espetáculos do estado, sendo o Teatro Municipal, com capacidade para 670 pessoas, e o Cinema Internacional Club Bar, com capacidade para 700 pessoas. Além disso, Itapecerica também contava com a linha de tiro denominada Tiro de Guerra 63, o Clube Dramático Rio Branco e o S. Bento Foot-ball Club. Segundo registros da época, as casas do centro de Itapecerica eram bem cuidadas, tendo nos seus quintas, preferencialmente, árvores de jaboticabeiras e laranjeiras. 


Jardim público e coreto no centro de Itapecerica. Sem data