Campo Belo
Por Daniel Venâncio, História e Memória de Minas Gerais
Década de 1910. Nessa época, Campo Belo, município banhado pelos rios Jacaré, Grande e Lambari, era uma das localidades mais prósperas de toda Zona Oeste de Minas Gerais. Sua riqueza estava concentrada, sobremaneira, nos setores rurais representados pelos povoados de Água Limpa, Brôa, Coroados, Forquilha e Mata.
Em 1920, a exportação do município alcançou a marca de 6 mil toneladas de arroz, café, milho, cascas para curtume, feijão, fumo, açúcar, polvilho, banha, manteiga e queijo. Soma-se a isso um rebanho de mais de 90 mil cabeças de gado, porcos e aves, além de 143 colmeias que produziam, anualmente, 223 litros de mel e 96 quilos de cera.
Na parte urbana, com 2.142 imóveis e uma população de 2.781 moradores, Campo Belo já podia contar, entre outras coisas, com água encanada; energia elétrica; serviço telefônico; uma estação ferroviária; uma agência dos correios; um jornal intitulado A Pátria; um teatro com capacidade para 300 expectadores; um cinema e cassino; bem como duas bandas musicais, sendo elas a Santa Cecília, fundada em 1880 e a Infantil, fundada em 1907.
Nada obstante, em que pese todos esses elementos de progresso, documentos da época diziam que Campo Belo era uma cidade velha e desprovida de prédios confortáveis.
Largo da Matriz de Campo Belo, 1914
Aparentemente a foto retrata uma festividade cívica ou religiosa com a participação da Banda Santa Cecília. Ver menos.