Por Daniel Venâncio
Matriz de Nossa Senhora da Oliveira na década de 1900
Situada a 879 metros acima do nível do Mar e assentada sobre uma lindíssima colina, a cidade de Oliveira, no ano de 1888, contava na sua parte urbana com três praças, um cemitério público, casa de Câmara e Cadeia, um sofrível teatrinho, além das Igrejas Matriz, Rosário, Senhor dos Passos e, em construção, a capela de São Sebastião. Suas 22 ruas, na maior parte ladeiras, eram vastas e alegres, sendo algumas calçadas precariamente. A cidade de, aproximadamente, 4 000 habitantes, era contornada pelo Rio Maracan que separava o centro das estradas de São João del-Rei, Tamanduá e Pitangui, todas com sólidas pontes.
Nas regiões rurais, onde estavam concentradas as dinâmicas de produção e de empregabilidade, diversas povoações a exemplo de Faleiros, Fradique, Martins, Picaria e Silveiras, faziam de Oliveira um dos principais criadores de gado do estado, produzindo também grande quantidade de hortaliças e frutas. O café, nessa época, ganhava incremento, bem como o arroz, feijão, mandioca, mamona e fumo.
Nos costumes dos oliveirenses notava-se, segundo fontes documentais da época, hospitalidade amistosa e trato amigável com os estrangeiros. Pelo interior, Oliveira recebia a alcunha de - Cidade dos palacetes e, também, Pérola do Oeste.