O futebol e suas conexões maçônicas
28/11/2022 - Blog Oficial de Cláudio Suenaga
Por Cláudio Suenaga
Nem mesmo os mais fanáticos torcedores, incluindo jogadores e dirigentes, sabem que o futebol foi criado por maçons que usaram seus conhecimentos avançados e ocultos em alquimia para transformá-lo no esporte mais popular, rentável e adorado. As chaves essenciais desse jogo estão relacionadas a impulsos primitivos, símbolos, rituais e sacrifícios sagrados e são eles que iremos revelar e analisar a partir de agora.
Como a febre do futebol monopoliza as atenções neste momento, aproveitemos para falar das muitas conexões do esporte bretão com a Maçonaria.
Certamente nem mesmo os mais apaixonados, fanáticos e devotos torcedores, sem mencionar os profissionais diretamente envolvidos como dirigentes, jornalistas, comentaristas, narradores e até técnicos e jogadores, sabem que as primeiras regras do moderno futebol foram elaboradas em 26 de outubro de 1863 numa reunião de maçons na Freemason’s Tavern, Great Queen Street nº 11, ao lado da Freemasons Hall, em Londres, ao mesmo tempo em que se formava a Associação de Futebol Inglês.
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Freemasons’ Tavern, Great Queen Street, Lincoln’s Inn Fields. Arte de After John Nixon (1760-1818), publicado em European Magazine (por volta de 1800). Fonte: Royal Academy.
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A Football Association nasceu em 1863 no Freemasons’ Tavern, hoje The Freemason’s Arms Pub, perto de Covent Garden, em Londres. O Freemasons’ Hall de fica do outro lado da rua. Fotos: Freemasons for dummies.
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A Football Association foi formada por proposta de Ebenezer Cobb Morley na Freemasons Tavern que ficava neste local. O futebol moderno nasceu neste dia 26 de outubro de 1863. Foto: London Remembers.
Nessa reunião participavam os representantes da “Liga de Rugby”, que eram a favor de permitir o uso das mãos, e da “Liga de Harrow”, inclinados a permitir apenas o uso dos pés e da cabeça. Os que eram favoráveis a permitir o uso das mãos retiraram-se da reunião, e foi assim que se estabeleceu a distinção entre rugby e futebol (soccer). O moderno rugby, cuja origem remonta aos gregos e romanos que disputavam jogos com esferas, episkyros e harpastum, surgiu em 1823 com William Webb Ellis (1806-1872), estudante da Rugby School – daí o nome –, que teria pego a bola com as mãos e seguido com ela até a linha de fundo adversária. Foi do rugby que surgiu o “futebol americano”.
As raízes maçônicas do futebol são vergonhosamente silenciadas. A mídia esportiva evita tocar no assunto. A omissão e cumplicidade dos jornalistas e historiadores é gritante. Antes que classifiquem tais atribuições como “lenda urbana” ou “teoria da conspiração”, recomendo que consultem o livro Laws of the Game (Regras do Jogo), de Adrian Roebuck, que traz as provas da formação da Football Association (Associação de Futebol) em 1863 e das primeiras regras do Futebol elaboradas após a reunião. Algumas páginas do livro estão expostas no National Football Museum (Museu Nacional do Futebol), em Manchester.
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Foto do manuscrito original Laws of the Game elaborado para e em nome da Football Association pelo desportista Ebenezer Cobb Morley (1831-1924) em 1863 em exibição no National Football Museum, em Manchester. A caligrafia à esquerda é de Cobb Morley e diz: “Reunião de 24 de novembro de 1863 - Taberna dos Maçons” (“Meeting 24th November 1863 - Freemasons Tavern”).
As origens do futebol moderno podem ser perscrutadas até a Antiguidade. A versão mais antiga do jogo que se assemelha ao estabelecido pela Maçonaria era praticada pelos chineses da dinastia Han no século III a.C., que o chamavam de ts’uh Kúh (cuju) e que consistia em lançar uma bola com os pés para uma pequena rede.
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O ts’uh Kúh chinês. Fonte: História del fútbol.
Cinco ou seis séculos depois, surgiu no Japão uma variante chamada kemari, que tinha um caráter mais cerimonial, sendo o objetivo do jogo manter uma bola no ar passando-a entre os jogadores. Curiosamente, o kemari é praticado até hoje no Japão em eventos culturais.
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O kemari pelo artista Akisato Ritoh (1799). Fonte: Japão em Foco.
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O kemari praticado durante um ritual xintoísta. Foto: DiscoverKyoto.
As conotações ocultas ritualísticas e sacrificiais do futebol transparecem e ficam mais evidentes no jogo de bola mesoamericano, praticado ao longo de mais de 3.000 anos pelos olmecas, astecas e maias em tempos pré-colombianos. Os astecas chamavam os olmecas de “povo borracha” (do nauatle ulli, “borracha”), pois atribuíam a origem do jogo de bola a esse povo. Uma dúzia de bolas de borracha, com diâmetros entre 10 e 20 cm, foram encontradas em El Manatí, no Estado de Veracruz, um local sacrificial olmeca. Datadas de 1600 a.C., essas bolas de borracha estavam juntas com outras oferendas rituais, indicando que o jogo já tinha conotações religiosas e rituais, como tem até hoje, embora disfarçadas e transfiguradas, aliás como é típico da Maçonaria.
Os sacrifícios humanos tornaram-se um desfecho habitual para as partidas de jogo de bola. Os jogos cerimoniais incluíam o sacrifício do capitão e de outros jogadores da equipe derrotada. O crânio de um perdedor podia ser utilizado como o núcleo à volta do qual se fazia uma nova bola.
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O pok ta pok maia.
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Aro de pok ta pok em Chichén Itzá, Yucatán, México. Foto: O Mundo é Seu.
Jogar o jogo de bola era participar na manutenção da ordem cósmica do universo e regeneração ritual da vida, expresso na luta entre os deuses do dia e da noite ou entre os deuses do céu e senhores do inframundo. A bola simbolizava o sol, a lua e as estrelas, e os aros o nascer do sol, o pôr-do-sol e os equinócios.
Os maias foram os que mais se dedicaram à construção de campos de jogo de bola, que eram considerados portais para o inframundo. Os nobres maias do Período Clássico Tardio (550-830) eram ao mesmo tempo guerreiros e jogadores de bola. Os prisioneiros de guerra jogavam bola com os vitoriosos, com um desfecho pré-determinado. Após o jogo, chamado de pok ta pok, os cativos eram decapitados e os seus corações eram arrancados num sacrifício de sangue. As paredes do principal campo de jogo de bola de Chichén Itzá, o maior da Mesoamérica, retrata o líder da equipe vencedora segurando a cabeça decapitada do líder perdedor, que se encontra de joelhos com sangue em forma de serpentes a jorrar do seu pescoço. Uma gravura em seis paineis de Chichén Itzá, mostra uma cena do Popol Vuh (registro documental da cultura maia produzido no século XVI) indicando o significado cosmológico do jogo de bola na cultura maia.
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Pintura com a representação do jogo maia no sítio arqueológico de Chichén Itzá. Foto de Tono Balaguer.
Já os astecas viam no jogo de bola, que chamavam de tlachtli, uma batalha entre as forças da noite lideradas pela lua e as estrelas representadas pela deusa Coyolxauhqui e os seus filhos Centzonuitznaua, e o sol personificado por Huitzilopochtli.
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O tlachtli consistia em tentar arremessar uma bola de látex através de um aro feito de pedra.
No Mediterrâneo, havia o harpasto (do latim harpastum, que significa “lágrima” ou “rasgado a força”) em Roma, e o epísquiro (que significa “bola comum”) na Grécia, que já possuíam muitas das característias do futebol moderno. O primeiro era disputado por duas equipes em um terreno retangular demarcado e dividido pela metade por uma linha. Os jogadores de cada equipe podiam passar uma pequena bola entre eles, e o objetivo do jogo era enviá-la ao campo. Essa variante muito popular entre os anos 700 e 800 foi introduzida nas Ilhas Britânicas. O epísquiro era jogado por duas equipes entre 12 e 14 jogadores cada aos quais se permitia o uso das mãos.
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Baixo-relevo que representa um jovem da Antiga Grécia a ensaiar um jogo de bola. Parte de uma estela de mármore encontrada em Pireu, 400-375 a.C. Museu Arqueológico Nacional, Atenas.
O quanto essas antigas práticas estão vinculadas com o costume dos invasores ingleses de chutarem a cabeça dos inimigos e com a violência do futebol moderno é discutível. Indubitável é o fato de que as regras do futebol foram determinadas pelo Grão-Mestre da Loja nº 11, daí porque uma partida é disputada entre duas equipes com 11 jogadores cada e quatro árbitros escalados para garantir que as normas maçônicas sejam cumpridas. Ademais, o 11 é um número icônico na alquimia, um dos mais usados pelos illuminati – os outros são o 9, o 13 e o 33 –, principalmente em eventos mundiais importantes, como por exemplo a Segunda Guerra Mundial, que terminou exatamente às 11h11, o pouso lunar da Apollo 11, o ataque às Torres Gêmeas de 11 de Setembro e outros eventos de monta.
As primeiras equipes foram duas universidades inglesas – Oxford e Cambridge, que, como sabemos, são membros honorários da Ordem dos Maçons.
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Todos os emblemas e escudos dos clubes de futebol inglês possuem símbolos maçônicos e até escancaradamente satânicos, como o Manchester United.
Em cada detalhe deste “esporte rei”, encontraremos as chaves básicas da simbologia ocultista maçônica.
Convencionou-se que o jogo seria disputado em um retângulo verde, de grama natural ou sintética, com um arco em cada lado do campo. O verde é a cor que simboliza a eternidade. O retângulo é dividido em dois quadrados, sendo o quadrado duplo um símbolo de iniciação por excelência. Neste símbolo está inscrito a seção dourada ou divina.
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No centro do campo há um círculo com um ponto no centro dele. É o símbolo do ouro na alquimia ou o símbolo do sol, tão recorrente desde tempos antigos.
Os cantos do campo de jogo que se delimitam em quatro simbolizam os quatro arcanos menores do tarô: Terra (Ouros), Ar (Espadas), Fogo (Paus) e Água (Copas).
A soma dos jogadores de ambas as equipes é de 22, assim como 22 são os hierofantes (sacerdotes Illuminati). 22 também é um número iniciatório ritual icônico. O sânscrito possui 22 letras principais, assim como 22 são os grandes arcanos do tarô e os polígonos regulares da matemática.
Em uma partida, se uma das equipes estiver com menos de 7 jogadores, o jogo não pode prosseguir, assim como uma sessão maçônica não pode ser aberta se não estiverem presente 7 membros.
O objetivo estipulado é, do centro do campo (o deus exterior), fazer penetrar a bola (o deus interior, despertado pela iluminação) no arco oponente (o ego, o templo) com qualquer parte do corpo que não seja as mãos ou os braços, principalmente com os pés. A equipe que marcar mais gols em 90 minutos sagra-se vencedora.
A bola, composta de pentagramas e hexagramas (símbolos ocultistas e satânicos), simboliza o nosso planeta, que é pisoteado por hierofantes. Uma das equipes representa as forças da “luz” (o Sol), enquanto a outra as forças das trevas (a Lua), daí a tradição das equipes usarem cores claras e escuras para se distinguirem. As bolas das Copas de 1970 a 1994 eram pentágonos-hexágonos preto e branco, como o piso dos templos maçônicos, que simboliza a dualidade interna.
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O jogo evoluiu mantendo o espírito maçônico de “igualdade e fraternidade” – sem distinção de nacionalidade, raça, ideologia, religião ou sexo – da sua fundação. Independentemente do resultado, os jogadores trocavam camisas no final da partida, uma expressão que enfatiza o valor da tolerância, outro princípio maçônico.
Todo esse bacanal maçônico, como não poderia deixar de ser, é acompanhado de orgias e sacrifícios humanos que visam aplacar os deuses do sol e da lua. Não é à toa que brigas entre torcedores e jogadores, agressões, assassinatos, devassidão, embriaguez, etc., desde sempre fizeram parte do futebol.
A Maçonaria tratou de espalhar o futebol para todos os cantos do mundo fundando clubes, associações e incentivando o desporto.
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Um exemplo disso é a nossa grande rival Argentina, onde o futebol chegou por meio de viajantes ingleses, muitos dos quais eram maçons. Entre 1901 e 1910 foram criados 32 clubes, todos ligados a estações ferroviárias e lojas maçônicas.
Muitos dos imigrantes italianos que se estabeleceram no bairro de La Boca, nas margens do Riachuelo, em Buenos Aires, eram maçons.
O River Plate também foi fundado por maçons (em 25 de maio de 1901), e as cores que ostenta em sua camisa correspondem ao avental e a faixa vermelha do Mestre Maçom da época. O seu primeiro campo foi em Sarandi, coincidindo com a linha ferroviária sul de Buenos Aires. A presença de funcionários e empregados britânicos no desenvolvimento ferroviário argentino favoreceu a criação de lojas maçônicas nas imediações das estações. A exemplo da Argentina, muitos outros países tiveram os seus clubes de futebol fundados pela Maçonaria.
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Três poderosos dirigentes envolvidos em inúmeros escândalos de corrupção eram maçons: Nicolás Leoz (1928-2019), dirigente esportivo paraguaio que foi presidente da Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL) entre 1986 e 2013, Júlio Grondona (1931-2014), presidente da Associação Argentina de Futebol (Asociación del Fútbol Argentino) de 1979 a 2014 e vice-presidente Executivo e Presidente Financeiro da Federação Internacional de Futebol (FIFA), e Ricardo Teixeira (1947-), presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de 1989 a 2012. Os três dirigentes são maçons e frequentavam a mesma loja maçônica em Foz do Iguaçu (PR), onde uma vez por mês traçavam os destinos do futebol sul-americano.
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Nicolás Leoz (esq, de terno preto), Júlio Grondona (extrema esq., de perfil) e Ricardo Teixeira (centro) em reunião do Comitê Executivo da Conmebol, em 28 de abril de 2010. Foto: Getty Images.
No início dos anos 90, eles decidiram dividir todas as glórias do futebol continental apenas entre Argentina e Brasil. Não por acaso, quase todos os títulos da Libertadores da América desde então foram apenas para os dois países. Eles contavam com o apoio de diversas sociedades secretas europeias que atuavam juntas com a UEFA (Union of European Football Associations), a FIFA, a Nike e a Adidas, patrocinadores da AFA (Asociación del Fútbol Argentino) e da CBF. O objetivo principal era a revelação e superexposição de craques para serem vendidos à Europa em um mercado de bilhões de dólares em negociações, patrocínios, venda de camisas, etc.
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Nos últimos anos, a FIFA esteve envolvida em diversos escândalos de corrupção, entre eles o de arranjar os resultados de jogos. É evidente que a FIFA, intimamente ligada à máfia empresarial que comanda o futebol, tem nítida e assumida preferência por determinados clubes e jogadores em detrimento de outros, já que rendem centenas de milhões de dólares por evento. Pululam denúncias por parte de técnicos de que patrocinadores, empresários e dirigentes lhes impunham a convocação de determinados jogadores sob suas tutelas.
A FIFA, assim como toda a estrutura de poder no topo da pirâmide, está associada com a Maçonaria e os Illuminati e por isso usa e abusa de simbologia astrológica, numerológica, cabalística, ocultista e satânica em geral para deixar sua marca nos indivíduos e controlar as massas. Pesquisadores e jornalistas independentes, taxados pejorativamente de “teóricos da conspiração”, puseram tudo isso à mostra de forma cabal nos últimos anos.
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